A Fertilização in Vitro (FIV) é uma técnica de alta complexidade na Reprodução Assistida que seleciona os óvulos e espermatozoides, para que sejam fecundados dentro do laboratório.
As etapas da FIV, são:
– Estimulação ovariana: Período em que são utilizados medicamentos hormonais para estimular o crescimento dos folículos. São realizados ultrassons seriados durante este acompanhamento, até que os folículos atinjam o tamanho ideal para agendarmos a coleta dos óvulos.
– Aspiração Folicular (coleta de óvulos): Em geral, contando do início da estimulação ovariana até a data da coleta dos óvulos, demora em torno de 12 a 14 dias. Neste dia, a paciente irá receber uma anestesia (sedação) para não ter incômodo durante o procedimento.
A coleta é realizada por via transvaginal e com a utilização do ultrassom que possui acoplado uma fina agulha. A duração do procedimento é de aproximadamente 20 – 30 minutos.
– Preparo seminal: No mesmo dia da coleta dos óvulos, é o dia em que o parceiro irá realizar a coleta do sêmen. Em casos de utilização de sêmen de doador, neste dia a amostra será descongelada para utilização.
Em ambos os casos, amostra será preparada em laboratório, coma finalidade de selecionar os melhores espermatozóides (com melhor morfologia e motilidade), que serão utilizados na fecundação.
– Fecundação: Existem duas formas de realizar a fertilização: FIV clássica e a ICSI.
Na FIV clássica, os óvulos e espermatozóides são colocados em uma placa (placa de Petri) e aguardamos que a fecundação ocorra de uma forma natural.
Já na ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozóide), existe a manipulação destes gametas (óvulos e espermatozóides) e em cada óvulo será injetado um único espermatozóide.
– Cultivo embrionário: Após a fertilização, o embriologista irá acompanhar o desenvolvimento embrionário em laboratório, até que consigam atingir o estágio de desenvolvimento embrionário final, que chamamos de blastocisto.
Estes embriões, podem chegar neste estágio de desenvolvimento no dia 5, 6 e 7 de cultivo.
É neste fase que os embriões serão transferidos para o útero. Quando indicado, é também neste fase que pode ser realizada a análise genética (biópsia embrionária) e o congelamento embrionário.
– Transferência Embrionária: Nesta etapa do tratamento, o útero é preparado para receber os embriões. Este preparo pode ser realizado de forma natural (acompanhamento do ciclo menstrual) e também com a utilização de medicações.
O procedimento é indolor, e consiste na introdução de um cateter bem fino que contém no seu interior os embriões. Com o auxílio do ultrassom (realizado por via abdominal) acompanhamos o trajeto do cateter dentro do útero, e colocamos os embriões no local adequado para que ocorra a implantação.