Os pólipos endometriais ocorrem a partir do crescimento irregular das células do endométrio, o tecido que recobre a parte interna do útero – gerando uma projeção deste tecido para dentro da cavidade uterina. A presença do pólipo pode levar a uma “inflamação local”, com consequente liberação de citocinas, que estão presentes em maiores concentrações nos pólipos do que no tecido uterino normal. Isto pode dificultar a implantação embrionária ou até mesmo causar um aborto espontâneo.
Podem ser únicos ou múltiplos. Geralmente são assintomáticos e casos raros podem evoluir para câncer (a prevalência varia de 0,5% a 3%).
A origem do pólipo endometrial e sua patogênese ainda não são bem conhecidas, mas algumas condições clínicas como hipertensão arterial, obesidade, diabetes, síndrome dos ovários policísticos, de igual modo, podem ser responsáveis pelos pólipos hiperplásicos.
A suspeita diagnóstica na maior parte das vezes ocorre através do ultrassom transvaginal, realizado na primeira fase do ciclo menstrual, antes da ovulação, pois facilita o diagnóstico através da ultrassonografia. Além disso pode ser solicitado a histeroscopia diagnóstica, que é atualmente o exame “padrão ouro” para realizar o diagnóstico.
Em alguns casos o pólipo pode aumentar o fluxo menstrual ou até mesmo fazer com que a paciente venha a apresentar ciclos irregulares.